‘Amargando os efeitos perversos da inflação’, diz a prefeitura como justificativa no projeto de aumento de salário. Além da prefeita, os salários do vice-prefeito, secretários municipais e chefes de autarquias também vão aumentar.
O salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), vai subir em 66%. Em sessão nesta terça-feira (28), a Câmara dos Vereadores aprovou o aumento de R$ 21 mil para R$ 35 mil para novo ganho da chefe do executivo da capital. Um outro projeto de lei foi aprovado, que garante aumento ainda maior para o salário a partir de 2025.
Como justificativa, o projeto aprovado aponta que “algumas categorias dos servidores municipais têm amargado em seus vencimentos os efeitos perversos da inflação, que corroeu seu poder aquisitivo nos últimos 8 anos sem o aumento do subsídio do prefeito”.
Além do reajuste no salário da prefeita, a proposta quer aumentar o subsídio para outros cargos:
- Vice-prefeito(a): de R$ 15.947,03 para R$ 31.915,80;
- Secretários municipais e chefes de autarquias: de R$ 11.619,70 para R$ 30.142,70.
Aumento em 2025
Além do aumento que passa a valer já em 2023, um outro projeto de lei já garante aumento para a próxima legislatura, em Campo Grande, que vai começar em 2025.
A lei prevê que, a partir de 2025, os salários serão de:
- Prefeito (a): R$ 41.845,48;
- Vice-prefeito(a): R$ 37.658,61;
- Secretários municipais e chefes de autarquias: R$ 35.567,50.
Inflação é a ‘vilã’
No projeto de lei que foi aprovado, a inflação é apontada como a “grande vilã” e o motivo para que os aumentos fossem considerados pelos vereadores e, posteriormente, aprovados. O documento apresenta que o “último aumento condizente” foi aprovado em 2012.
Ainda com base no projeto, a justificativa apresenta os dados Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país. Ao abordar o assunto, a prefeitura aponta que no a inflação acumulada nesses últimos dez anos (2013 a 2022), é de 76,70%.
Frente a defasagem apresentada pelos números, a projeto aponta como “solução” uma “operação aritmética”. Conforme apresentado, esta conta, segundo o projeto, é “destinada a expressar o mesmo valor da moeda em termos de poder de compra com expressão numérica distinta, o que não empobrece quem paga nem enriquece quem recebe”.
Por José Câmara, g1 MS
0 comentários