‘Muitos vão se arrepender de extremismo’, diz Soraya Thronicke, que não garante apoio a Bolsonaro
25 de agosto de 2021

Uma das principais aliadas Uma das principais aliadas do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) não garante apoio a sua provável tentativa de reeleição em 2022.do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) não garante apoio a sua provável tentativa de reeleição em 2022.

Como justificativa, afirma que está “muito abalada” com a pandemia e o grande número de mortes provocas pela covid-19, o que tem lhe impedido de pensar na disputa eleitoral do próximo ano.

Nas redes sociais, Thronicke sofre constantes ataques de apoiadores do presidente, que dizem que ela pulou para a “terceira via”, em referência à tentativa de parte da sociedade de construir um candidatura presidencial competitiva que possa concorrer com Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje líder nas pesquisas de intenção de voto.

O afastamento da senadora da base mais fiel ao presidente se dá por suas críticas ao que vê como “radicalismo” e “fanatismo” de parte de seus apoiadores. Sem entrar no mérito se a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson foi legal, ela repudiou as ameaças dele ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Senado.

“Ao mesmo tempo que esses extremistas têm me criticado, por outro lado eu tenho ganhado a simpatia de pessoas que conseguem enxergar que a gente pode errar, mas eu procuro me manter dentro da razoabilidade nas coisas. E esse extremismo pode ser sim a queda (de Bolsonaro). Então, vai ter muita gente que vai se arrepender disso”, afirmou

A senadora defendeu ainda que “não é momento” para solicitações de impeachment contra ministros da Corte. Surpreendendo a aliada, Bolsonaro apresentou um pedido contra o ministro Alexandre de Moraes na noite de sexta-feira (20/08).

Apesar de se distanciar da base bolsonarista mais radical, Thronicke evita críticas diretas ao presidente, atribuindo erros do governo a seus ministros e assessores.

Eleita com forte discurso anticorrupção, ela não se afastou da família presidencial após se avolumarem os indícios de esquemas de rachadinhas (desvio de salários de servidores fantasmas) nos antigos gabinetes legislativos de Bolsonaro e seus filhos. Para a senadora, é preciso esperar o andamento do caso na Justiça.

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