Audiência do passaporte da vacina começa com ânimos exaltados e termina fora de controle
27 de setembro de 2021

Começou bem “animada” a audiência pública realizada pela Câmara de Campo Grande nesta segunda (27), “torcidas” a favor e contra o chamado “passaporte da vacina” acompanham a audiência, que discute o tema nesta tarde.

A Casa cobrou o uso correto de máscaras de todos os presentes e limitou a lotação a 200 pessoas no plenário principal, onde ocorreu o debate.

Dentro do grupo contra o passaporte, o mais alvoroçado é o que contesta também a vacina. Com cartazes, eles falam de reações adversas após a aplicação.

Vereador Airton Araújo (PT), um dos proponentes de projeto que cria o passaporte, afirma que ninguém vai obrigar a tomar a vacina, mas “estamos incentivando e permitindo que as pessoas tenham direito à vida. Já morreram 584 mil pessoas”, lamentou.

O vereador Sandro Benites, do Patriotas, avalia que a vacinação é importante. Mas insiste que a imunização pela doença é mais eficaz que pelo imunizante. Para ele, “o importante é tomar uma posição”, sustenta ele, que também é médico.

Mas o auge das expressões, foi quando o Secretário de Estado de Saúde (SES), Geraldo Resende, usou da palavra. Depois de apresentar os dados e as conquistas da pasta desde o início da calamidade sanitária, Geraldo enfatizou as medidas tomadas. “Muitas vidas foram salvam, inclusive daqueles que querem interditar o debate, aqueles que pedem liberdade, são os mesmos que pedem para interditar o STF, que pedem intervenção militar, jogam no ralo todo os esforços e trabalho feito por minha geração. Se depender de mim essas pessoas não passarão”.

Após a fala de Geraldo, a audiência foi encerrada por parte do cerimonial, pois público e convidados estavam muito exaltados.

O vereador Thiago Vargas (PSD), indignado, chegou a querer avançar sobre o secretário e defendeu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmando que foi o presidente que trouxe as vacinas e que não aceitaria o que considerou ser um desrespeito por parte do secretário estadual.

Os vereadores tentarão retomar a discussão na sessão ordinária de amanhã.

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